sábado, 10 de setembro de 2011

Sem fortes emoções não tem graça... :/

Hoje passei por uma que não desejo a ninguém que é mãe ou pai. Foi no Méier, bairro daqui do Rio pertinho da minha casa. Estávamos fazendo umas compras e no sábado tem muitos ambulantes na rua, vendendo de tudo. Avistei umas bolsas de pano artesanais, lindas e parei para ver. Meu marido seguiu um pouco com o carrinho do Felipinho, junto com o Pedro #aos8 e o Dani #aos10. Segui, me juntei a eles e disse que iria comprar uma que gostei. O Dan pegou o dinheiro, me deu e ficou junto a uma loja de sapatos que tem ao lado da C&A (para quem conhece se orientar mais ou menos sobre onde estávamos). Estava muito cheia a rua, que é comercial e principal do bairro. Fui comprar a bolsa e voltei, dizendo que estava na dúvida se levava outra, etc... Nisso (eu tenho isso quase que automático), eu olho para os meninos e conto: Dani, Felipe... Espera aí...

CADÊ O PEDRO???


Olhei para todos os lados da rua e nada de vê-lo. Não sabia se tinha seguido em frente, sem ver que tínhamos parado, se voltou por algum motivo, se foi atrás de mim e se perdeu, se atravessou a rua sozinho... Mas não, seguir em frente ele não seguiu, ele parou junto com todos. O pai foi no sentido oposto ao nosso, para ver se ele tinha voltado. E nada...

Em desespero (e também como estratégia), comecei a gritar o nome dele o mais alto que poderia (e olha que minha voz é bem potente), obviamente chamando a atenção de todos em volta. Gritei várias vezes: "Pedro, Pedro, Pedroooooooooooooo!!!". Enquanto isso, tinha que ficar de olho no Felipinho e no Dani, que, nervoso, queria também sair pela rua para procurar o irmão. Nem pensei em entrar na C&A, no shopping ou em alguma loja para nos abrigarmos, pois ele poderia passar ou mesmo me ouvir gritando e voltar. Além disso (surpreendentemente, apesar de colocar a boca no mundo, num piti fenomenal e aos prantos, consegui raciocinar friamente, em contraponto), pensei: se alguém estiver tentando levá-lo, vai se intimidar com a mãe fazendo escândalo, ou ele mesmo vai se desvencilhar e vir ao meu encontro, ou pedir ajuda. Sempre os "treino" para essas situações, embora nenhuma mãe deseje nunca que ela ocorra para testar. Os ambulantes, sempre muito solidários, já estavam se mobilizando para procurar o menino, gente se aglomerava à nossa volta...

Foi quando o Pedro sai da C&A com cara de paisagem, sem saber de nada que estava acontecendo do lado de fora. Ele foi atrás de mim, para ficar comigo, não avisou ao pai (que também não viu, porque estava ajeitando o Felipe no carrinho, que dormia) e pensou que eu tivesse entrado na loja. Lá dentro deu um "rolê", viu umas roupas que gostou e saiu. Simples assim. O pai ainda quis brigar com ele (Nem posso culpá-lo pela atitude, estava desesperado meu ursão...), quando voltou e constatou que ele estava conosco. Mas não deixei, só sabia chorar, abraçar e beijá-lo como se ele fosse um bebê (quem é descendente de italianos deve imaginar minha reação, kkkkk).



Enfim... A gente acha que depois de três filhos, com dois crescidos, sabe tudo (e que eles também sabem se virar). Que nada... É um aprendizado contínuo, por mais atenciosos e presentes sejam os pais.

P.S.: Depois disso tudo eu agradeci a todos que tentaram nos ajudar (várias vezes) e, silenciosamente, pela minha proteção. Quando entrei no shopping, parece que a ficha caiu e passei mal. Tive que me sentar, tomar água, até passar... Já pensou que legal, eu baixar no Pasteur (hospital que tem aqui perto) em pleno sábado à tarde??? Aff... Rs...


Em vez disso, comemos palhas italianas que tinha na bolsa para todos, nos refizemos, terminamos as compras e voltamos para casa, felizes de estarmos juntos.
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