sábado, 17 de dezembro de 2011

Então é Natal... E férias!!!! Uebaaaaaaaaa!!!


Tenho notado que esse ano de 2011, para muitos que conheço, foi um ano difícil. Vamos combinar que, fazendo uma pequena retrospectiva, foi um ano, no mínimo, intenso. No meu caso, foi punk, mas a recompensa está vindo no final, com a promessa de coisas boas no decorrer do próximo ano. Muito de 2011 ficou para 2012. Projetos e sonhos foram adiados, por intempéries diversas. Late, but not least...





E hoje, oficialmente, começam minhas férias!!! Decretei essa data por ser um domingo, dia de potencialidade pura, dia de recomeço, dia de página em branco para preencher, dia da família, dia de ócio criativo. Muitos de nós trabalham no domingo. Eu gosto muito de começar algo no domingo à tarde, na tradicional hora do jogo de futebol, quando a web está fervilhando com as paixões à flor da pele, convivendo em paz com quem não está nem aí para tudo isso. Normalmente tem muitos amigos online e trabalhar junto com amigos é um prazer à parte. Minhas ideias aparecem, planejo minha semana, faço anotações... Mas hoje não farei nada disso. De hoje a 08/01/2012 vegetarei feito um nabo serei somente eu e minha família e farei coisas somente para mim e para minha família. Dizer que as ideias deixarão de surgir é mentira, até porque o tal do ócio criativo serve para isso também, além de descansar. Mas a pegada será diferente. Planejamento, só das festas de final de ano, que aqui em casa tradicionalmente é petit comité, eu, marido e crianças (e, a partir desse ano, cachorra). Quem quiser vir é muito bem vindo, mas não saímos de casa e nos divertimos muito, temos nossos costumes e rituais. Comemos bem, ouvimos música, as crianças sempre cantam algo para nós, abrimos os presentes e ficamos na mais pura alegria de viver. Na noite de ano novo, se não for na praia é em casa e a pegada é a mesma.


O dia de hoje também foi escolhido porque ontem tivemos o último compromisso com a escola das crianças: a formatura do meu mais velho, Daniel. Ele concluiu o Fundamental I, encerrando mais uma etapa de sua formação e partindo para outra, mais complexa e cheia de desafios e, claro, poderá contar conosco sempre para isso. E concluiu com louvor, com excelentes notas e passando direto desde o terceiro bimestre, a despeito de todos os problemas que tivemos durante esse ano. Assim como foi ator de teatro, atleta de natação e enxadrista dos bons. Ao meu primogênito, meu respeito e meus parabéns sinceros!!! Você é filho de guerreiros e não nega o sangue, com sua inteligência, perspicácia e sensibilidade.


Meus outros dois filhos também foram nota 1000 durante esse ano. Os três me deram os melhores momentos. Cada um com sua habilidade e sensibilidade especial de nos encantar.


Pedro Henrique é nosso capoeirista, joga muito esse menino!!! Evoluiu exponencialmente durante o ano. Também passou com louvor para o 4º ano, também é enxadrista, ator de teatro e atleta de natação. Além disso, é meu filhinho mini chef, adora acompanhar a mim a ao pai na cozinha e já dá até palpites nas receitas :)


Já Luís Felipe, ou simples e fofamente Felipinho, é uma figuraça!!! Canta, dança, ama rock (felizmente, como todos nós aqui), escala móveis, corre de um lado para o outro, desenha (não necessariamente só em papel, rs) e é o anjo mais fofo desse mundo, que só chegou para nos dar ainda mais alegria.

E, completando nossa pequena, mas querida família, nosso patriarca. Que voltei há pouco a chamar de marido, com quem durante esse ano tive sérios desentendimentos, mas que, no final, o amor e nossa sintonia falou mais forte. Feliz ano novo para nós, ursão!!!



São momentos como esses que fazem tudo valer a pena, como diz o clichê. Quando a gente vê que, no final das contas, tudo acabou bem e estamos no lucro. Essas férias serão especiais, terão sabor, aroma e cores diferentes.

O blog não terá férias, pois já descansou demais durante o ano, rs. Não tenho compromisso de postagens, mas pretendo sim mantê-lo atualizado. E tem novidade, viu? Mais uma que era de 2011 e ficou para 2012 ;)

Minha definitiva e sincera opinião sobre a Lei da Palmada


Resolvi fazer esse post após ter participado via Facebook e Twitter de debate sobre o assunto e de ver as críticas a um post da amiga Vanice Santana, num grupo de mães blogueiras, lá no Face, onde ela diz ser favorável à chamada palmada educativa, após contar da violência que seu filho de quase dois anos sofreu por parte de uma menina com o dobro da sua idade, que o empurrou quando ele tentou beijá-la e abraçá-la, machucando-o no lábio. Alguns comentários surgiram, uns concordando, outros discordando, mas construtivos e maduros, outros simplesmente taxando quem bate de espancador, desequilibrado, entre outras coisas. E é justamente essa parte que muito me incomoda, na lei e em como a maternidade tem sido tratada.




Ninguém se sente bem dando palmada no filho. Aqui em casa, o diálogo sempre vem em primeiro lugar. Mas eu, se tiver que usar em último recurso, uso sim e não me sinto mal com isso. Porque estou impondo limites, mesmo usando um recurso extremo. Prefiro usar desse recurso hoje do que meu filho apanhar de verdade de estranhos amanhã, por não saber se comportar ou se impôr, como adulto. Ou pior, ficar sem limite nenhum e achar que assim pode tudo.

Existem várias questões. Primeiro, quem acha que hoje dá um tapa na bunda de advertência e amanhã poderá espancar, tem que procurar tratamento psiquiátrico, pois não é capaz de se controlar. O problema não é com a palmada, é com a pessoa. Segundo, tem palavras que doem muito mais que uma palmada, especialmente as que colocam para baixo ou desabonam a autoestima da criança. Isso causa muito mais estrago do que um tapa na bunda. Terceiro, cada um educa seu filho como achar melhor. Se eu sou a favor de dar palmada e outra mãe não, não necessariamente eu sou espancadora e outra é banana. São modos diferentes de educar.



Mas existe uma questão é a mais grave, que é criminalizar uma coisa que não é crime. Em caso de abusos e maus tratos reais, já existe o Código Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente, com mecanismos de defesa da vítima e punição do criminoso. Assim como existe o Estatuto do Idoso e a Lei Maria da Penha. E não me venham os politicamente corretos de plantão dizer que é a mesma coisa porque não é. Todos nós tomamos tapas na bunda quando pequenos e ninguém odiou os pais por isso, talvez somente na hora. Tampouco ficou traumatizado. Pelo contrário, a grande maioria nem precisava desse recurso, pois respeitava os pais, havia noção de hierarquia, coisa praticamente inexistente hoje, quando pais e mães se dizem e se comportam como amiguinhos dos filhos. Não são!!! São pais, e devem ser tratados e tratar como tais.

Esse excesso de psicologia e essa neurose politicamente correta está causando mais danos que trazendo benefícios, gerando pessoas que não sabem lidar com os assuntos da vida, inseguras e imaturas, que fora do seu mundinho cor de rosa não sabem como agir. Em vez de se preocupar com palmadas, deveríamos nos preocupar com as crianças que sofrem de verdade, que sofrem reais maus tratos, são exploradas nas ruas sem nenhuma chance de defesa ou são abandonadas nos abrigos, por anos a fio, por causa da burocracia que existe no processo de adoção ou da destituição do pátrio poder de uma família realmente danosa. A maternidade não é um mar de rosas, mas também não é só espinhos. As coisas não têm que ser levadas a ferro e fogo, até para ensinarmos aos nossos filhos que dá para ser feliz sem ser em algum extremo, que dá para conviver com as diferenças e com opiniões divergentes e ainda ser feliz. E dá para uma família ser dura com um filho sem que essa família perca o amor.



A Lei da Palmada chega a ser facista, pois é o Governo entrando em nossos lares para dizer como devemos educar nossos filhos. E, pior, coloca de forma genérica e no mesmo saco quem dá palmada com quem espanca de verdade. Sabemos que haverão aí muitas denúncias maldosas de vizinhos, parentes desafetos ou mesmo filhos abusados, que usarão isso contra os pais. E palmada, definitivamente, não é crime e não tem que ser criminalizada por lei. Essa lei é absurda, abusiva e desnecessária. Se fosse para criminalizar tudo, deveríamos então criminalizar mães e pais que fumam perto dos filhos (coisa que considero exponencialmente mais grave que dar uma palmada, pois aí realmente se coloca a saúde da criança em risco), mães e pais que dão miojo, mães e pais, que se o filho não quer brócolis dão Sustagem... Daqui a pouco alguém vai perder a guarda porque levou o filho ao Mc Donald's e contribuiu para a estatística de obesidade infantil.

Os exemplos citados são coisas com as quais não concordo, mas não acho que os pais que o fazem devam ser presos por isso, nem os que fumam perto dos filhos, causando notórios danos à sua saúde por toda a vida, por mais absurdo que isso possa ser. Se é como alegam, que palmada é cultura, e caso queiramos mudar uma cultura, devemos investir em informação, educação, não em criminalização ou patrulha. Criar leis só é válido para se proteger algo ou alguém, não para perseguir e impôr um ponto de vista aos outros. Isso não é nem de longe digno de uma democracia.

No caso da palmada não há do que proteger a criança. Ela está levando uma palmada, não uma surra. Ignorância e falta de limites causam muito mais danos que isso.

Update: Essas crianças sim, precisam de ajuda real. Onde estarão o Juizado da Infância e da Juventude e as ONGs nesse momento???
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