domingo, 30 de março de 2014

Feminismo, sororidade e consciência

Foto: Chris Ferreira. Exposição "Resistir é preciso", CCBB-RJ

Durante a semana que passou, foi divulgada a notícia do resultado de um estudo feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que revelou que:

65% dos entrevistados acreditam que mulheres que usam roupas que revelem o corpo (curtas, com decotes...) MERECEM ser atacadas

54,9% acreditam que existe "mulher para casar"

58,5% acham que "se as mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros"

Os resultados surpreenderam até os próprios autores da pesquisa, que se espantaram com a ideia de que a violência contra a mulher é vista como uma espécie de "correção", "castigo" por algum comportamento considerado fora do que se julga decente. "Mais uma vez, tem-se um mecanismo de controle do comportamento e do corpo das mulheres da maneira mais violenta que possa existir", dizem. Além disso, existe a confusão do que é privado, que tem que ficar entre quatro paredes, do que é crime e demanda denúncia. As pessoas tendem a acreditar que "em briga de marido e mulher não se mete a colher". Aí é que mora o perigo...

Só ressaltando, a entrevista não foi respondida somente por homens. Mulheres que, pelo que mostram os números, não são poucas, também pensam dessa forma. É um mal que está enraizado e que tem que ser combatido, principalmente com educação e campanhas de conscientização, contra o assédio no trabalho e nos transportes públicos, por exemplo. Meninas são educadas a se privarem de lugares e roupas para se protegerem, aprendendo desde cedo que elas podem ser culpadas por eventuais ataques. Meninos são convencidos que existem "coisas de homem e coisas de mulher" e, como aponta a pesquisa, que "umas mulheres são para casar, outras para se divertir". É preciso acabar com o sexismo e ensinar respeito, especialmente aos meninos. Para depois, esse respeito não ter que ser exigido, ser uma coisa natural.


Esse quadro mostra o quanto nossa sociedade está com os valores distorcidos e, com isso, é cúmplice da violência. Ao mesmo tempo que a grande maioria acha que homem que bate em mulher deve ir para a cadeia, acredita que essa mesma mulher é culpada por sofrer violência. E tem gente (mulheres, inclusive) que dizem que o feminismo é ultrapassado... Pelo contrário!!! Ainda há muito pelo que lutar. As mulheres estão longe da igualdade de direitos. Apesar de estarmos em maior número, somos nós que sofremos violência de todos os lados. Temos que nos afirmar, dia a dia, para poder viver com dignidade.


Conheci há pouco tempo, o termo "sororidade". Da última vez que o li foi há alguns dias, no blog da Isabela Kanupp, num excelente e explicativo post a respeito. Significa um pacto de irmandade entre as mulheres. Cuidar e acolher, em vez de simplesmente acusar. O fato de mulheres terem respondido de forma cúmplice com os opressores, mostra que precisamos parar a e refletir. Continuo acreditando que tem coisa certa e coisa errada, mas, ultimamente, com essa notícia e com outros fatos acontecendo na minha frente, no dia a dia, estou sendo mais flexível, principalmente com o direito de escolha.

A blogosfera, por exemplo, pode fazer muito para ajudar. Lá atrás, quando surgiu o conceito de blog, a ideia era o compartilhamento de informações de forma colaborativa. Surgia um novo meio de saber do que acontece, sem depender da mídia convencional e mais próximo da realidade nossa de cada dia, baseado nas experiências do blogueiro e suas impressões. Hoje, muito disso está se perdendo por causa de guerras de egos e acusações mútuas. Pelo modo de passar essas informações, ridicularizando e oprimindo, em vez de fazê-lo com acolhimento. Eu acho um desserviço textos que, em vez de acrescentar algo de produtivo, estimulam polêmicas desnecessárias e, em vez de acabar com a culpa, como muitas querem que aconteça, estiumulam ainda mais sua cultura. "Ah, a vida de fulana é irreal". Por que? Porque não consigo aplicar o que ela faz à minha vida? Em vez de reclamar, não seria mais bacana tentar ser melhor? Aprender uma com a outra?

Um exemplo bem recente que presenciei foi sobre a questão do parto. Humanizado, normal, cesárea... Há tempos, venho alertando que a militância está "pesando a mão". Eu, mea culpa, já pesei a mão diversas vezes também. Só que, com o tempo, consigo enxergar onde errei, aprendendo a dosar.

São possibilidades. Sabemos do alto número de cesáreas e que a grande maioria dos médicos obstetras induz a mulher à cirurgia, muitas vezes sem necessidade e sem levar em consideração o que ela deseja. É esse o ponto. Escolhas!!! Sejam antecipadas, sejam na "hora H", por diversos motivos que vão surgindo pelo caminho. Informações sobre o parto humanizado podem e devem ser compartilhadas. Toda mãe e criança merecem respeito nesse momento tão especial. A violência obstétrica é uma triste realidade. Muita coisa tem que ser mudada em todo o sistema. Mas, além de compartilhar informações, deveriam também humanizar a própria militância. Muitas vezes, em vez de informar, julgam, rotulam e até ofendem. Toda mulher tem direito à escolha. Seja para aceitar a corte de uma pessoa, para abortar, para decicir ter seu filho e também para escolher sobre seu parto.

Com certeza, empoderar-se não é somente parir pela vagina. É muito mais que isso. A mulher pode, sim, ser plena e feliz trazendo seu filho ao mundo através de cesárea, por exemplo. E o mesmo pode ocorrer com a criança, sendo amamentada, sentindo-se amada e acolhida. O parto é só o início.Temos toda a vida pela frente, para fazer as melhores escolhas. E é com esse pensamento que devemos seguir, que devemos educar nossas crianças. Informação empodera. Respeito e acolhimento também.

Nem toda feiticeira é corcunda,
Nem toda brasileira é bunda,
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem!

segunda-feira, 24 de março de 2014

Reeducação alimentar como meta

Imagem: Programa Dukan

Como já escrevi aqui, comecei em 17/02 a fase de ataque da Dieta Dukan. Consegui superar a meta de 2,34 kg em 6 dias de detox, somente com proteínas. Terminei com 3 kg perdidos, passando de 85 para 82 kg. Depois disso, ajustei a dieta, pois comecei a correr, além dos compromissos habituais e do fato que, por ter anemia crônica, não posso fazer dieta restritiva por muito tempo. Além disso, não fico sem consumir frutas. E o legal da Dukan é isso. Você pode seguir à risca as fases, caso precise de orientação para uma reeducação alimentar permanente, ou usar de inspiração, fazendo seu próprio cardápio, caso tenha informação suficiente para isso. Hoje já saí dos 80, o que trouxe algum alívio, especialmente à coluna e aos joelhos, além de fôlego. Estou com 77 kg. Confesso que poderia estar ainda com menos, mas as últimas semanas foram muito, digamos, intensas e em muitas vezes cometi deslizes e exageros. Sem dramas, retomei minha meta e segui em frente.

Para mim, foi um importante choque de desintoxicação. Junto com a fase de ataque, aumentei o consumo de água, muito importante para equilibrar o metabolismo e fazer o corpo funcionar melhor. Agora, tenho como meta controlar as quantidades de comida ingerida. Isso, no meu caso, vai além de dieta e exercícios. Comigo, "o buraco tem que ser mais embaixo". Tenho que controlar ansiedade, entre outras coisas, sobre as quais escreverei mais à frente. Comida virou gatilho de recompensa e isso é perigoso. Funciona mais ou menos como dependência química. Envolve equilibrar a parte psicológica, prescindindo de medicamentos, pois não pretendo fazer uso deles, ao menos por enquanto. Quero primeiro tentar equilibrar-me por métodos que envolvem meu esforço, como meditação, terapia, yoga... Sem isso, tudo será em vão. Já adianto que é muito difícil, mas não vou desistir. Como vou desistir de mim? E, claro, continuo com a meta: estar com, no mínimo, 61,50 kg em 06/08/2014, de acordo com o cálculo de peso ideal do programa.

Quando posto receitas, como a de risoto, que fiz ontem, algumas pessoas me perguntam: "Mas não está de dieta?". Não acho nada demais comer um chilli ou risoto no final de semana, por exemplo. O importante não é o que você come, mas como esse alimento é preparado, se é com pouca gordura, com ingredientes frescos e naturais, sem aditivos químicos ou excesso de sal ou açúcar... Se você cozinha de forma saudável e se exercita, no mínimo 30 minutos por dia, pode comer de tudo, sem se privar do que gosta. Fazendo dessa forma, nunca mais precisará de dieta.

O que não pode acontecer é se auto sabotar... Tem que controlar quantidade e qualidade de comida e fazer atividade física! Falta de tempo não é desculpa para não se mexer. Dá para ir andando para os lugares, caminhar com o cachorro, levar as crianças para a escola a pé, fazer mercado, subir e descer escadas, arrumar a própria casa... O exercício fracionado é possível e muito importante para quem tem rotina cheia de compromissos e demandas. Segundo estudos, a cada 30 minutos sentados, devemos ficar 5 minutos em pé. De nada adianta se exercitar e passar várias horas sentado depois, sem se movimentar. O movimento tem que acontecer durante todo o dia. Isso significa dar uma paradinha no computador para tomar um café ou uma água, ou simplesmente levantar da cadeira e alongar-se. Isso acelera o metabolismo e ainda ajuda a mente a assimilar melhor as informações.

A reeducação alimentar, aliada a exercícios físicos, tem que ser a meta, para que seja evitado o chamado "efeito sanfona", quando a pessoa emagrece e volta a engordar, tentando outra dieta, fazendo uso de remédios, emagrecendo novamente, engordando no primeiro deslize... Isso prejudica a saúde e desestimula. É preciso variar a alimentação, consumir todos os componentes da chamada pirâmide alimentar, nas proporções adequadas e com prazer. Sim, comer é bom! Além de abastecer o corpo de energia, nos satisfaz pelos olhos, pelos aromas e pelos sabores. Comer é uma experiência muitissensorial e pode ser muito agradável. Quando se consegue esse equilíbrio, tem-se qualidade de vida.

Super novidade: lançamento do livro Confeitaria Dukan!!

Emagrecer e manter-se em forma não é só uma questão de fazer dieta. Envolve dosar quantidades ingeridas com movimento do corpo, fazendo o balanço energético, variar a alimentação, para que não falte nenhum nutriente e também a parte psicológica, o gosto de comer, ficar satisfeito e, apesar de temporariamente em dieta, sentir-se bem.

O grande objetivo de qualquer programa sério e eficiente de emagrecimento é proporcionar autonomia alimentar, depois que ele termina. Isso significa que, a essa altura, a pessoa saiba se alimentar corretamente e que pratique exercícios físicos, podendo se permitir comer o que gosta, sem prejudicar a forma e a saúde. Enquanto isso não ocorre, para que não haja desestímulo, a confeitaria é um bom paliativo emocional numa dieta. Uma das maiores dificuldades para a maioria das pessoas é se privar de doces e sobremesas.



Pensando nisso, o Dr. Pierre Dukan, criador da dieta que leva seu nome, elaborou e compilou deliciosas receitas de sobremesas no livro Confeitaria Dukan, que tornarão as etapas da dieta mais prazerosas. E, pensando no público brasileiro, tem um plus de 30 novas receitas, como brigadeiro, bolo de cenoura e pudim de leite.

O livro já está sendo vendido na loja virtual (além do desconto de lançamento, leitores do blog tem mais 10% de desconto utilizando o código promocional CRIS). Além disso, durante essa semana, acontecerá, no Rio e em São Paulo, noites de autógrafos com o próprio Dr. Dukan: hoje, 24/03, na Livraria da Travessa, Leblon, Rio de Janeiro e dia 26/03 na Livraria da Vila Fradique, em São Paulo.



Além do desconto na loja virtual, leitores do blog têm 25% de desconto, caso queiram aderir ao Programa de Emagrecimento Online Dukan. Quer um estímulo para começar? Calcule aqui seu peso ideal, grátis e sem compromisso!!!


domingo, 23 de março de 2014

Risoto de Frango com Abobrinha

Domingo, chuva, arrumação de casa, um banzo ainda das últimas semanas... Não queria fazer para comer hoje algo que demorasse. Verifiquei o que tinha em estoque e decidi fazer um risoto de frango com abobrinha na panela elétrica de pressão.


Já tem um tempinho que queria escrever sobre panelas elétricas. Agora em janeiro comprei duas da marca Walita: essa e uma de arroz. Estou apaixonada!!! Práticas, fáceis de limpar e com várias opções de uso. Além disso, no caso da panela de pressão, é segura, ao contrário da convencional. Pretendo comprar outras depois... E também pretendo indicar outras receitas com elas. Com a parte interna revestida em teflon, dá para fazer pratos com nenhuma gordura, o que combina perfeitamente com reeducação alimentar, minha meta.

Separei os ingredientes e, logo depois, teria meu delicioso risoto:

1/2 kg de arroz arbóreo (1/2 pacote, normalmente)
1/2 kg de peito de frango
1 abobrinha de bom tamanho
3 dentes de alho
1 cebola
1 pimentão verde pequeno
1 xícara de vinho branco ou verde
azeite
1 colher de sopa de manteiga sem sal
salsa
manjerona
orégano
noz moscada
sal
pimenta do reino preta

Em relação ao vinho, eu usei o que tinha em casa, um pouco de Casal Garcia, um verde português que adoro. Para essa receita, pode também ser usado um sauvignon blanc ou um vinho branco que você goste. Só não pode ser doce...

Pique o frango, coloque sal e pimenta, misture bem com as mãos e acrescente noz moscada ralada. Reserve, ou numa vasilha ou na própria tábua utilizada para o corte.




Deixe a panela aquecer um pouco, ligando na tomada e colocando na posição que vai ser feito o cozimento. No caso do arroz arbóreo, o tempo de cozimento dele nesta panela é o mesmo do arroz integral e do frango, então dá para fazer tudo junto. Pique a cebola, o pimentão e o alho, refogue em um fio de azeite até "suar", Junte a abobrinha e termine de refogar, até ela começar a mudar de coloração.
Acrescente a salsa, a manjerona e o orégano ao refogado, misture e coloque o vinho, deixando cozinhar e evaporar. Quando terminar a evaporação e sobrar um caldinho reduzido com o refogado, acrescente o arroz, misturando. Finalize com a colher de manteiga, para dar consistência após pronto. 


Cubra com água suficiente em proporção ao que está na panela.


Tampe cuidadosamente a panela, espere completar o ciclo e está pronto para comer. Você pode substituir por arroz integral ou sete grãos e também prescindir da manteiga, se quiser que fique mais light. Só vai mudar um pouco a consistência original de risoto, mas vai ficar bom também.



Depois me conta se gostou ;)

*Este post não é um publieditorial. Reflete a opinião pessoal da autora sobre os produtos aqui citados.




sexta-feira, 21 de março de 2014

Cabelos - BC Fotos


Já tive de várias formas, cortes e cores. Sobrevivi aos anos 80...

Meu cabelo é ondulado e grosso, armando com muita facilidade. Depois das gestações, ficou ainda mais enrolado. Ou tenho que ter um bom tempo para cuidar dele, ou ando com ele preso. A solução é progressiva. Facilita a vida, conferindo muito mais praticidade, no meu caso. Não faço da que fica lisíssima, por causa do excesso de química, especialmente de formol. Faço a London, que me atende perfeitamente.

Cabelo "pranchado", como está atualmente. 

Cabelo natural, também agora.

O cabelo é nossa moldura. Dependendo do estado, cor e corte, ilumina o rosto ou detona com a aparência. Junto com as unhas, merece atenção especial. Aqui, na minha rotina de casa, filhos, trabalho e estudo, tenho que ter soluções práticas. Vou ao salão somente para cortar, retocar a escova ou quando não dá tempo de pranchar o cabelo em casa, além de, claro, fazer as unhas, quando preciso tirar cutícula, coisa que não sei, nem pretendo mais aprender a fazer e depilação. Hidratações, lavagens e demais cuidados com unhas, são feitos em casa. Procuro me cercar de bons produtos, pois meu cabelo é difícil de hidratar, não é qualquer coisa que o doma. E procuro trocar de shampoos periodicamente, para o cabelo não acostumar. Já aos itens de hidratação, sou fiel.

- Silicone de boa qualidade é fundamental, tanto para finalizar escova, quanto para o dia a dia, para proteger o cabelo de poeira, raios de sol e também para deixá-los com boa aparência.

- Quando estou com o cabelo pranchado, para que dure mais, faço uso de shampoo seco. Atualmente, estou usando a marca Lee Stafford, para esse produto e também para silicone, protetor térmico e shampoo (o que uso antes da hidratação). Estou adorando! É muito fácil de aplicar. Tem que ser na raiz, em pontos diferentes da cabeça. Daí, esfrega, como se estivesse lavando com um shampoo comum. Com uma escova dessas grandonas, penteia os cabelos, retirando o excesso do produto e fazendo com que aja melhor. Depois, escova o cabelo com secador e, se quiser, usa a prancha, sempre passando antes o protetor térmico. Finaliza com silicone. O cabelo fica novo, como se tivéssemos acabado de lavar. Óbvio que não dá para fazer isso por dias seguidos, mas é uma solução boa para emergências.


- No dia a dia, lavo com um bom shampoo que não agrida, nem deixe resíduos e uso um condicionador adequado. Lavo à noite, seco com o secador e, no dia seguinte, caso necessário, eu cuido do penteado.

- Para hidratar, é super fácil. Lavo o cabelo com um shampoo que não seja o mesmo que use durante a semana. Preferencialmente, ou anti resíduos, ou transparente e sem silicone. Seco com uma toalha (isso é muito importante, para que o produto fixe melhor) e depois aplico o produto de hidratação, colocando filme plástico e algo para proteger, como um lenço. Vou fazer o que tiver que fazer, depois volto ao chuveiro, enxáguo até não ter nenhum resíduo do produto e depois procedo normalmente, ou secando com secador, ou ao natural, sempre passando o silicone.

- Para esfoliar o cabelo, uma vez por semana, para tirar os resíduos de produto e poluição acumulados, uma boa receita é aveia em flocos com clara de ovo. Esfrega em todo o cabelo, lavando em seguida com seu shampoo favorito e procedendo normalmente depois.

- Outra receita caseira interessante para dar brilho em cabelos claros, como o meu, é o infalível chá de camomila. Use gelado para o último enxágue. Ou antes de ir à praia, quando estiver preparando os cabelos.

De uns anos para cá, tenho mantido na cor natural. Apesar de já ter chegado aos 40, tenho poucos brancos, que ficam discretos, pois meu cabelo é naturalmente claro. Em breve pretendo voltar ao loirão. Mas já tive vários cortes e cores!

Mais ou menos como estava agora, antes de fazer a London. Dani pequenininho.

Luzes e praia.

Meu nome é Gal...

"Vou de táxi" feelings

Mechas com ruivo.

80's... Pois é...

Ruiva.

Curtinho, após ter ficado horroroso depois do último parto.


Venha ver cabeleiras diversas na BC fotos da Dani Moreno!! Na próxima semana, o tema é:


quinta-feira, 20 de março de 2014

O outono, a roda do ano e o ciclo da vida

Acervo pessoal

E a roda do ano mais uma vez gira e minha estação favorita chega. A luz, a (no Rio, pequena) queda de temperatura, as cores... Adoro o outono! Mabon, para os antigos. E, para quem é de Peixes, também é época de aniversário. Recomeço. Roda girando... Nesse ano, os 40 vieram com mudanças. Dolorosas mudanças. Entre elas, a partida de mamãe.

No último domingo, quando me vi recebendo condolências, a ficha caiu. Ainda sou filha! Ainda sou criança que veste a máscara de adulto para que a sociedade leve a sério.

Acervo pessoal

Desde o momento em que me tornei mãe, esse passou a ser meu papel em família. Minha relação com ela não era fácil, nunca foi. Mas, nesse momento, tornou-se mais tensa. Nos afastamos. Minha família passou a ser marido e filhos. Até que a vida uniu de novo a família sanguínea. E ela voltou a morar comigo. Mesmo assim, eu ainda era a mãe, a matriarca. No momento que começaram a chegar as mensagens de pêsames, eu me lembrei do papel esquecido. Lembrei de minha infância, dela brincando comigo e com meu irmão, correndo pela casa, da mesma forma que hoje, muitas vezes, faço com meus filhos. De seu jeito torto de tentar me fazer entender as coisas da vida, para que eu não passasse pelo que ela passou. De suas diversas maneiras tortas de me ensinar. Como Regina e Cora (quem assiste "Once Upon a Time" entenderá...).

Fique tranquila, mãe, você conseguiu, apesar da ogra aqui ser muito cabeça dura para ter admitido isso para você. Aliás, isso também eu aprendi com você.

Acervo pessoal

Mamãe partiu desse mundo, dormindo, sentada no sofá, enquanto aguardava eu arrumar as coisas para seu banho. Saiu à francesa, com uma serenidade que nem de longe a lembrava em seus áureos tempos, linda, elegante, cheia de jóias e dona de si. Aquela música, "Dona", do Roupa Nova, a explica muito bem.

Ela descansou, no sentido mais literal possível. Vaidosa e orgulhosa que era, não admitia as limitações que lhe foram impostas.

Ela "se pirulitou" de uma vida que não mais a interessava. Ela era assim. Muitos podem pensar: o câncer, a debilitação decorrente tanto do tratamento, quanto do fato dela ter "se entregado" e a acelerada senilidade, também consequência, a venceram. Enganam-se. Ela venceu. Ela quis partir. Ela já queria ter ido há tempos. Mas não deixamos. Bastou uma distração e ela fez o que quis. Chamou pelo seu orixá de cabeça e ele a levou, gentilmente.

Um dia, ela foi a menina sonhadora que ainda sou. Só que, em algum momento, ela deixou que a menina se perdesse. E "não adianta chamar, quando alguém está perdido, procurando se encontrar".

Nessa vida, fracassei na missão de sermos amigas. Não importam agora os motivos e de quem foi a culpa. Mas consegui ser filha. Da que dá trabalho, da que dá desgostos, mas também da que dá orgulho. Porque isso eu sei que você teve de mim, diversas vezes. Seja nos estudos, numa apresentação de dança, fazendo um gol, educando um de meus filhos ou fazendo uma comida para todos num domingo. Você conseguiu passar seu recado, embora eu várias vezes tenha dito que aprendi a viver sozinha.

Adeus, mãe! <3

Acervo pessoal

For this dark and lonely room
Projects a shadow cast in gloom
And my eyes are mirrors
Of the world outside
Thinking of the ways
That the wind can turn the tide
And these shadows turn
From purple into grey

For just a skyline pigeon
Dreaming of the open
Waiting for the day
He can spread his wings
And fly away again



iStock



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