quarta-feira, 7 de março de 2012

Nossa adaptação à escola pública - primeiras semanas e entrevista no IG

Gente, tenho é assunto aqui acumulado nos rascunhos... Muitas coisas interessantes acontecendo, no mundo e na minha vida, muita coisa para colocar em dia. Mas, hoje, o assunto é nossa adaptação na escola pública, continuando a série que iniciei nesse post e pretendo continuar ao longo do ano.

Hoje estou, junto com outras mães vivendo situações semelhantes, no iG, canal Delas, na seção Filhos, contando um pouco de nossa experiência nessa transição, em entrevista concedida à jornalista Carla Hosoi. A matéria, na íntegra, está aqui.

"Da escola particular à rede pública", matéria para a qual concedi entrevista à jornalista Carla Hosoi
Foram as primeiras impressões, bem no iniciozinho do período letivo, mas servem como depoimento de apoio para quem vive situação semelhante e também para informar, para mostrar o outro lado, o lado positivo do ensino público. Erros e acertos ocorrem em qualquer lugar. O importante, para a escola, é ter uma equipe comprometida com a qualidade de ensino e com o bem estar de seus alunos o que, no caso das escolas escolhidas, está acontecendo. Da parte dos pais, a participação ativa é fundamental, com busca de informações, cobrança positiva, no sentido de melhorar e valorizar a escola e contribuição sempre que possível, para que a comunidade, junta, possa ter a escola que quer e merece.

Depois de ocorrida a entrevista, veio o Carnaval e as aulas retornaram na próxima segunda feira após esse, em 06/02. Na semana antes do Carnaval, eles receberam o Riocard, que veio sem foto, apesar da escola prontamente ter marcado o dia e tirado as fotos, enviando as mesmas corretamente. A princípio, não haverá problemas com isso, espero.

As coisas começaram a acontecer, material escolar, livros didáticos e uniforme foram distribuídos, parte das informações passadas foram se consolidando. Existem problemas, especialmente com a questão da falta de professores ou professores com presença irregular, o que gera alguns transtornos em ambas as escolas. Na do mais velho, gerou instabilidade de horários, obrigando as crianças a levarem todo o material na mochila. A solução está em andamento e a diretora da escola, guerreira que ela só, está se empenhando pessoalmente para resolver o problema. Mas, especialmente na do meu do meio, que está no Fundamental I, apesar de não atingir diretamente a ele, pois a turma dele está funcionando normalmente e com professora, não deixo de me preocupar, com as outras crianças e com o impacto disso no dia a dia da escola. A equipe é muito competente no que faz e se dedica com amor e, ao mesmo tempo, com muito profissionalismo, mesmo com essa falha da Secretaria Municipal de Educação. "Tiram leite de pedra" para dar às crianças e aos pais o melhor possível, garantindo tanto formação quanto a segurança das crianças poderem frequentar a escola.

Meu mais velho irá cursar inglês com bolsa integral em um curso renomado, fruto do convênio da escola com esse curso. As aulas estão de vento em popa, as oficinas começam a acontecer, além de aulas de música e dança. As bibliotecas já estão funcionando e eles já aproveitaram para pegar novos livros para ler. A cada hora surgem novidades e quero que eles participem de tudo, que aproveitem todas as oportunidades possíveis.

E, uma observação importante: quando disse na entrevista que as informações são desencontradas e que são passadas "de sopetão", não foi uma crítica direta às escolas, mas da forma como a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro resolve as coisas por vezes, forçando a equipe das escolas a dar uma hora uma informação, outra hora uma diversa. Não há má vontade, tampouco irresponsabilidade, eles só trabalham (e muito bem) com os recursos disponíveis, os quais muitas vezes não são o ideal.

Nesse momento, só tenho a agradecer às equipes da Escola Municipal Jean Mermoz e da Escola Municipal República do Peru, pelos meus filhos estarem tão felizes e satisfeitos. O que eu puder fazer para ajudar e contribuir, farei, pois esse ganho também é meu, para uma educação melhor e acessível a todos, além de destacar o papel da escola como pólo disseminador de cultura e ponto de encontro da comunidade.
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