terça-feira, 11 de setembro de 2012

Brincar é coisa de criança

"Você pode descobrir mais sobre uma pessoa em uma hora de brincadeira do que em um ano de conversa". Platão

Getty Images

Aconteceu hoje o 4º Seminário Revista Crescer, cujo tema este ano foi "brincar".


Site Revista Crescer

Pela primeira vez, o evento teve tema único, pois é um assunto abrangente e que nos traz diversas questões. Quais as melhores maneiras de brincar? Escola é lugar de brincar? Pai e mãe têm que brincar com a criança? Criança tem que brincar todos os dias? Eletrônico é brinquedo? Essas e outras foram levantadas em dois painéis, um voltado para crianças de 0 a 3 anos e outro para crianças de 4 a 8 anos.

Apresentado por Rosana Jatobá, com mediação de Fernanda Young, o evento contou com a participação de Kathleen Alfano, responsável pelo laboratório de primeira infância da Mattel (Fischer Price),  Alessandra Françoia, coordenadora nacional da ONG Criança SeguraLuiz Guilherme Araújo Florence, pediatra e responsável pelo ambulatório de desenvolvimento infantil do Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis, da jogadora de volei Virna, da cantora Fernanda Takai, do apresentador Marcelo Tas, da professora Maria Angela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar da PUC-SP e da psicanalista Silvana Rabelo. A cobertura completa do evento, você pode conferir no site da revista Crescer e a repercussão, com comentários do público, pode ser conferida pela hashtag #seminariocrescer, do Twitter.

Segundo Kathleen Alfano, as crianças brincam da mesma forma em qualquer lugar do mundo e isso não mudou com o passar dos anos. Segundo ela, quem mudou foram os pais, nas expectativas, no dia a dia e nas experiências vividas. Com a tecnologia e com a maior facilidade de criar associações e grupos, pais e mães estão mais conectados com outros pais e participando mais da vida dos filhos. Os brinquedos também mudaram, mas as brincadeiras continuam as mesmas.

As crianças brincam com qualquer coisa. Para elas, tudo é brincadeira, nós é que limitamos, seja por preconceito ou zelo. Não são necessários brinquedos caros, tampouco excesso de tecnologia para fazê-las felizes. Especialmente na primeira infância, mais importante do que o objeto usado para brincar, para a criança é fundamental se sentir segura, ser ouvida, trocar, comunicar. Nessa fase, a presença dos pais, seja o dia todo, seja ao chegar do trabalho, tem que ser com qualidade, com afeto, com entrega.

Elas aprendem brincando. Aprendem a se comunicar e a se expressar, desenvolvem sua cognição, aprendem valores e até limites com mais facilidade do que ensinadas ou impostas por adultos. A brincadeira é a forma mais pura de aprendizado e evolução, por isso é fundamental ser vivenciada. Elas são potencialidade pura e precisam expressar sua criatividade nas brincadeiras. Observando suas brincadeiras, as conhecemos melhor e sabemos de suas alegrias, medos e anseios.

É provado que crianças que brincam são mais engajadas, mais sociáveis, sabem compartilhar melhor e são mais afetuosas.

É preciso resgatar o lúdico e o simples. Ensinar a ser feliz com pouco, sem depender do consumismo para ser feliz. Isso fará com que a próxima geração seja sustentável de fato e muito mais consciente.

Criança feliz é a que brinca. Simples assim.

http://sidneiart.blogspot.com.br200901painel-crianas-brincando.html
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