terça-feira, 23 de agosto de 2011

Atrasada, mas com carinho: Blogagem Coletiva #paisnaescola (@futurodopresent)


É com muita satisfação e orgulho que participo, com esse meu novo espaço, de minha primeira blogagem coletiva: #paisnaescola, do querido blog Futuro do Presente com um tema que é para mim muito especial e fundamental: educação.

 
Em primeiro lugar, a escola tem que deixar de ser encarada ou como prestadora de serviço, no caso das particulares ou entidade filantrópica, na qual se presta um favor (não sendo admitidas exigências), no caso das públicas. É claro que nem todas seguem esse padrão, mas essas são poucas e honrosas exceções, cujos profissionais têm amor ao que fazem e competência para exercer seu ofício.

Meus filhos já passaram por algumas escolas e, na maioria das vezes, o procedimento era sempre o mesmo: comunicação pela agenda ou com hora marcada. Na escola atual, apesar da carência de reuniões de pais (é somente uma, no início do ano letivo) e de haver a agenda, nós pais temos plena liberdade de entrar na escola junto com as crianças (não tem aquilo de deixar na porta), falar com a professora na entrada e até bater na porta da sala de aula, se isso for necessário. E não há contratempos desagradáveis, tudo funciona muito bem. Eu acho isso muito importante e sentia falta disso nas outras escolas.

Eu não acredito que uma relação burocrática estabeça o vínculo que é necessário para a formação das crianças em idade escolar. E não há estímulo para que os pais interajam com a escola! As reuniões são sempre monótonas e repetitivas. Sempre que precisamos falar especificamente de um filho, acabamos falando em particular com a professora. Não há interação, não há troca, a conversa não flui, o que ocorre é somente um monólogo: da professora lendo um roteiro preparado. Por vezes, a reunião começa com algum texto edificante, algumas mães se emocionam, e fica só nisso. Uma variação é uma dinâmica ou outra, com pais nitidamente constrangidos participando a contragosto. Um horror!!!

Já é clichê dizer que estamos na era da informação. Com tantos recursos, seja para reuniões presenciais, seja online, para quem não puder comparrecer, a escola ainda não modificou sua forma de integrar os pais a seu cotidiano. Os mais interssados têm que ir atrás, insistir, marcar hora e muitas vezes vêm seu esforço ser em vão, pois, infelizmente, a maioria não está intersssada, acha que a escola tem que resolver tudo pois é paga para isso e eles são muito ocupados (para ir a reunião de pais, a festinhas e também para brincar com o próprio filho, ler uma história para ele...).

É um jogo onde todos perdem. E quem mais perde são as crianças, que ficam sem nenhum referencial no meio disso tudo. Incluindo sérios problemas de comportamento e bullying, vemos cada vez mais crianças que terminam o Ensino Fundamental sem saber ler e escrever direito, sem saber fazer uma conta de cabeça ou sem nenhum hábito de leitura. Pois não há incentivo e crianças são movidas a incentivo e bons exemplos.


 A solução? Conciliação e conscientização do papel de cada um. Da escola, abrir-se mais aos pais - e ouvi-los, em vez de somente prestar contas, usar dos recursos que temos atualmente para abrigar todas as agendas, para que todos possam participar. Capacitar melhor seus professores, para que não sejam meros ditadores de matéria para decorar. Tornar o aprendizado mais interessante e atrativo, fazer as crianças, desde cedo, terem amor ao que fazem, para sererm futuros adultos de sucesso no que escolherem.

E aos pais? A esses cabe a sua tarefa primordial: serem pais acima de suas outras funções. Priorizar seus filhos em suas agendas, em suas demandas. Crianças até aprendem sozinhas, se preciso for. Mas aí são meras sobreviventes. Criança precisa da família por perto, amparando, ensinando e até aprendendo junto, para uma formação completa. Precisa de incentivo, aplauso, quando for o caso, e exigência e bronca, quando também necessário. Juntando isso com amor, não tem como não dar certo.

6 comentários:

Paula disse...

Adorei o post! Concordo quando diz que precisamos tirar da cabeça a idéia que temos de escola como prestadora de serviço.
Temos uma filha que estuda numa escola que é uma associação.
A associação é composta pelos pais dos alunos e cada toda família tem uma função na escola. Os pais se dividem em comissões que fazem a escola caminhar.
São comissões de festas, divulgação, etc... além do pedagógico - que tem muita autonomia.
Procuramos nos reunir com frequencia. É um aprendizado maravilhoso. As vezes chato e doloroso, mas muito enriquecedor!!!!
Bom post!
até mais

Unknown disse...

Paula, deve ser realmente uma experiência maravilhosa, rara. Merece até ser passada à diante!! :)

Ana Cláudia disse...

Cris, tudo o que vocë falou é verdade: escola e pais precisam se unir e cada um fazer seu trabalho com amor! Nao tem como errar!
Um beijo e obrigada por contribuir!!!!

Unknown disse...

Ana, estamos aí, é um prazer!!! :)

Anônimo disse...

Apoiado, Cris!
Vim aqui retirbuir a visita e agradecer seu comentário e me deparo com este post maravilhoso, cheio de atitude e argumentos!

Pensamos muito parecido!
A escola do Lucas tb não proporciona muitas interações, mas ainda está engatinhando. Eu, sinceramente, não tenho muito o que reclamar, pois temos as portas abertas para falar com os professores, assistir uma aula, conversar sempre que quisermos... sempre estão à disposição.

E em casa, nós fazemos a nossa parte (mais eu do que o marido, é bem vdd, mas...) e acho que este conjunto está funcionando bem. Mas sei que não é bem assim e que ainda há muito para se fazer em outras escolas, outros lares e em outras famílias!

Bem, gostei muito de conhecer vc!
Apareça sempre que quiser!

Beijocas
Ju

Unknown disse...

Obrigada, Ju, bem vinda!!! :)
Aparecerei sempre no seu também.
Beijos!!!

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